
Um fazer pesquisa tikmũ’ũn entre múltiplos seres, saberes e fazeres – Entrevista com Paula Cristina Pereira Silva

Um fazer pesquisa tikmũ’ũn entre múltiplos seres, saberes e fazeres – Entrevista com Paula Cristina Pereira Silva
Paula Cristina Pereira Silva
designgobetti@gmail.com
Sobre a entrevistada
Em 2022, Paula Cristina Pereira Silva defendeu sua tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, sob a orientação da Profa. Vanessa Sena Tomaz.
Natural do Rio de Janeiro, Paula tem 37 anos, é casada e cultiva, entre seus hobbies, o gosto por ver filmes, plantar e cuidar da Terra. Atua como professora no curso de Pedagogia Intercultural Indígena da Universidade Federal do Espírito Santo e como consultora em etnodesign na Ação Saberes Indígenas na Escola, também na Universidade Federal do Espírito Santo.
Sua tese, intitulada “Xi hõnhã? E agora? vamos ser pesquisadores: um fazer pesquisa tikmũ’ũn entre múltiplos seres, saberes e fazeres”, apresenta uma experiência concreta de um caminho indígena de se fazer pesquisa. O trabalho foi produzido coletivamente por pesquisadores(as) indígenas do povo Tikmũ’ũn e pesquisadoras não indígenas, que juntos constituíram a Rede de Pesquisa Hãm Yĩkopit (Perguntar à Terra). A pesquisa parte do ser-saber-viver tikmũ’ũn, que orienta também as práticas pedagógicas de seu povo, revelando um fazer escola próprio, diferenciado e enraizado nas cosmologias indígenas.
Nesta entrevista, Paula Cristina compartilha sua trajetória na pós-graduação, os aprendizados construídos coletivamente e as perspectivas abertas por sua pesquisa junto aos povos indígenas.
Divulga-CI: O que te levou a fazer o doutorado e o que te inspirou na escolha do tema da tese?
Paula Cristina (PC): Uma das experiências que vivenciei no Ação Saberes Indígenas na Escola da Universidade Federal de Minas Gerais (SIE-UFMG), a elaboração de um jogo para o ensino de matemática nas escolas Tikmũ’ũn, me instigou a pesquisar mais sobre a aproximação entre o campo do Design e o da Educação — especificamente da Educação Intercultural Indígena —, o que me motivou a tentar o doutorado. Já o tema de pesquisa surgiu de um dos aprendizados que tive com os(as) Tikmũ’ũn ao longo dos trabalhos que desenvolvemos juntos, que diz respeito à limitação dos métodos e formatos da academia frente a sistemas de conhecimentos que muito se diferem do ocidental dominante. Isso me inspirou a buscar uma outra forma de fazer pesquisa, o que acabou, de fato, se tornando o centro do doutorado.
DC: Em qual momento de seu tempo no doutorado você teve certeza de que tinha uma “tese” e que chegaria aos resultados e conclusões alcançados?
PC: Infelizmente, a pandemia de Covid-19 entrecortou a pesquisa, o que interrompeu diversas atividades que estavam em curso e demandou muitas mudanças para que fosse possível concluir o doutorado. Isso gerou certas inseguranças que carreguei comigo até o momento da defesa. Soma-se a isso o fato de que eu estava trilhando um caminho, por mim e por minha orientadora, desconhecido — fundamentado e orientado por um sistema de conhecimento indígena. Então, essa certeza de que tinha uma “tese” só veio no dia da defesa e com as premiações que o trabalho recebeu.
DC: Citaria algum trabalho ou ação decisiva para sua tese? Quem é o autor desse trabalho, ou ação, e onde ele foi desenvolvido?
PC: A qualificação, sem sombra de dúvida, foi uma ação decisiva para a tese. As avaliadoras presentes colaboraram grandemente com as nossas questões, mas destaco que as sugestões do avaliador professor doutor Gersem Baniwa foram fundamentais, uma vez que ele, enquanto indígena, me mostrou que o fazer prático da pesquisa já tinha assumido o ser-saber-viver Tikmũ’ũn como referencial teórico-metodológico. Após isso, busquei ainda mais publicações indígenas sobre suas formas de fazerem pesquisas e destaco o livro da indígena Margaret Kovach: Indigenous Methodologies – Characteristics, Conversations, and Contexts. Nesse livro, a autora examina a base teórica e epistemológica das metodologias indígenas, compartilhando orientações práticas para aqueles(as) que realizam pesquisas junto a povos indígenas.
DC: Por que sua tese é um trabalho de doutorado? O que você aponta como ineditismo?
PC: Há, no trabalho, uma teorização sobre um fazer pesquisa outro, que tem como referencial teórico-metodológico um povo indígena e que surge de uma experiência concreta e coletiva. Sobre o ineditismo do trabalho, o professor Gersem Baniwa comenta:
“Essa experiência é um exemplo inovador no campo da pesquisa com povos indígenas e coloca na agenda acadêmica questões paradigmáticas profundas, históricas e futuristas, que tendem a se multiplicar e a se aprofundar, na medida em que os protagonismos, as autonomias e as autodeterminações dos povos indígenas nas aldeias e na academia avancem. Trata-se de uma relação inédita entre o/a pesquisador/a e os antigos objetos ou informantes de pesquisa, que agora se tornam também pesquisadores/as” (Luciano, 2023, p. 185).
LUCIANO, Gersem. Ética em pesquisa com povos indígenas. p. 176-188. In: Ética e pesquisa em Educação. Rio de Janeiro: ANPEd, 2023.
DC: Em que sua tese pode ser útil à sociedade?
PC: Acredito que a seção sobre o fazer escola Tikmũ’ũn pode colaborar com os desafios que cercam a educação escolar no Brasil. Na tese, é possível observar um fazer escola específico e diferenciado: territorializado, que respeita a autonomia dos(as) alunos(as), conecta-se às demandas da comunidade, alinha-se à epistemologia do povo que a constitui, é um local onde se aprende com o corpo todo e se utilizam outros modos comunicacionais para tanto.
Além disso, a tese mostra como o fazer pesquisa e o fazer escola agem em prol da transformação que os(as) Tikmũ’ũn almejam, revelando que ações no micro, localizadas e situadas, possuem potência para gerar mudanças na escala macro.
DC: Quais são as contribuições de sua tese? Por quê?
PC: Com relação à prática investigativa da academia, ao compartilhar uma experiência concreta de um fazer pesquisa outro, tendo como referencial teórico-metodológico a epistemologia de um povo indígena, colabora-se com o movimento rumo à pluralidade epistêmica nos espaços acadêmicos.
Contribui-se, assim, com as discussões sobre a importância de romper com práticas coloniais — ou seja, ações, discursos, movimentos e propostas que colaboram para a manutenção ou imposição de relações de poder que subalternizam, excluem e invisibilizam culturas outras, seres, saberes e fazeres outros.
Os(as) pesquisadores(as) Tikmũ’ũn nos ensinam sobre uma forma de fazer pesquisa coletiva, que questiona o “como”, o “para quê”, o “por que” e o “para quem”, mostrando que as indagações precisavam ser feitas de modo diferente — assim como a classificação das prioridades, a definição dos problemas, das metodologias e de toda a estrutura compositiva do trabalho. O retorno concreto da pesquisa para os(as) envolvidos(as) é algo imprescindível, pois os povos indígenas estão nos ensinando sobre um pesquisar que é politicamente engajado com a justiça cognitiva e social, pautado na responsabilidade relacional.
É uma forma de pesquisar que se exerce com respeito, compromisso e cuidado para com todos os seres do cosmos que fazem parte da rede relacional estabelecida ao se pesquisar coletivamente.
Destaco também a contribuição para o campo da Educação. Ter conhecimento sobre outras formas de fazer escola, sobre outras formas de viver e agir no mundo — como mostra a tese — apresenta-se como um caminho profícuo para uma educação escolar que rompa com práticas pedagógicas orientadas por prescrições e invasão cultural, práticas essas que ainda perpetuam estruturas coloniais geradoras de subalternização, exclusão e desigualdade.
Enquanto o Outro permanecer desconhecido, continuaremos praticando apenas o que nos foi ensinado como “possível”, “válido”, “correto”.
DC: Quais foram os passos que definiram sua metodologia de pesquisa?
PC: Uma prática pedagógica dos(as) Tikmũ’ũn é o aprender por meio do fazer. Então, aprendi como faríamos a pesquisa juntos enquanto fazíamos a própria pesquisa. Isso se deu da seguinte forma: cada um dos(as) pesquisadores(as) possuía um tema de pesquisa, desenvolvido em suas respectivas aldeias. O andamento das pesquisas era compartilhado com toda a Rede por meio de encontros que chamávamos de “orientação coletiva”.
Nesses encontros, pude aprender que os(as) pesquisadores(as) se fundamentavam e se guiavam pelos aspectos constituintes do ser-saber-viver do seu povo para desenvolver suas pesquisas. Vivenciei isso de forma prática enquanto também integrava a Rede, ao pesquisar sobre a escola na Aldeia do Lúcio. Ao desenvolver diversas atividades de pesquisa na “Escola do Lúcio”, compreendi a potência pedagógica do fazer pesquisa vivido, capaz de mostrar que eu mesma estava inserida nesse processo por meio do aprender vendo-ouvindo-fazendo, por imitação e/ou fazendo juntos — tudo isso possibilitado por relações entre muitos outros seres que interagem de forma complementar e com alternância de ações. Essas ações foram guiadas pelo princípio da vontade e iniciativa do aprendiz, respeitando a autonomia e a agência de todos os seres que interagiam e se movimentavam juntos.
DC: Em termos percentuais, quanto teve de inspiração e de transpiração para fazer a tese?
PC: Não consigo precisar um percentual, mas certamente o processo como um todo demandou mais transpiração. Entretanto, os momentos de inspiração foram fundamentais para me elucidar nos momentos de incerteza.
DC: Teria algum desabafo ou considerações a fazer em relação à caminhada até a defesa e o sucesso da tese?
PC: Venho de uma área formativa interpretada genericamente como pertencente às “Artes”, que foi — e ainda é — subalternizada por outras áreas. Assim, ao adentrar no doutorado em Educação, sentia que estava um passo atrás de todos(as). Além disso, como mulher pertencente a um dos grupos historicamente oprimidos por uma sociedade ocidental dominante e patriarcal, ouvi ao longo da vida frases opressoras e subordinadoras como “você nunca…”, “você não dá conta…”, “você não é capaz…”. Essas palavras reverberaram em mim e no modo como eu agia enquanto pesquisadora, mesmo sem perceber.
Entretanto, nos diversos esforços que realizei para compreender o nosso fazer pesquisa juntos, percebi que havia uma potência na produção de conhecimentos na Rede, que também contribuiu com o empoderamento de vidas — inclusive a minha. Ao final do doutorado, tive clareza desse processo de empoderamento, que, a meu ver, reforça que a pesquisa pode, sim, ser pensada como um processo que, além de educar, também cura — como nos ensinam alguns(as) pesquisadores(as) indígenas.
DC: Como foi o relacionamento com a família durante o doutorado?
PC: Costumo dizer que a família “forma” junto com a gente, já que é ela quem permanece ao nosso lado até o fim. Pelo menos esse foi o meu caso. Era minha família quem escutava meus desabafos e incertezas, cuidava de mim quando eu voltava doente do campo, monitorava minhas viagens à distância, acolhia minhas lágrimas e entendia minha ausência.
DC: Qual foi a maior dificuldade de sua tese? Por quê?
PC: Lidar com a pandemia de Covid-19. Inclusive, abro minha tese com um prefácio intitulado: “Escrever e (sobre)viver no mundo em suspensão”. Além de toda a devastação emocional trazida pela pandemia, vi a potência da pesquisa que estávamos desenvolvendo ser interrompida — e isso me causou muito sofrimento. Além disso, vivia preocupada com a saúde e a segurança dos Tikmũ’ũn, o que me levou a me envolver em diversas ações em prol da proteção e garantia de suas vidas.
DC: Que temas de mestrado citaria como pesquisas futuras possíveis sobre sua tese?
PC: Intercientificidade. Coautoria. Cor-relações. Estar e fazer juntos.
DC: Quais suas pretensões profissionais agora que você se doutorou?
PC: Sigo pesquisando. Atualmente, estou no último ano do meu pós-doutorado em Design-Educação, lecionando no curso de Pedagogia Intercultural Indígena da Ufes, que ajudei a construir, e sigo trabalhando com povos indígenas, inclusive com os Tikmũ’ũn.
DC: O que faria diferente se tivesse a chance de ter começado sabendo o que sabe agora?
PC: Não teria tentado durante tanto tempo encaixar minha pesquisa nos métodos, metodologias e referências predominantes na academia apenas porque, na época, eram considerados os mais válidos no fazer pesquisa.
DC: Como você avalia sua produção científica durante o doutorado? Já publicou artigos ou trabalhos resultantes da pesquisa? Quais você aponta como os mais importantes?
PC: Tive a oportunidade e a honra de fazer um doutorado em um Programa de Pós Graduação nota 7, então participar de projetos, produzir artigos, trabalhos em eventos e grupos de pesquisa, era algo muito estimulado, que de fato colaboraram muito com o desenvolvimento da minha pesquisa. Cada artigo, evento, discussão no grupo de pesquisa, era uma oportunidade de refletir e sistematizar algo da pesquisa, de aprender com outras pessoas e ouvir sugestões preciosas. Das minhas publicações mais importantes, destaco o livro memória sobre as pesquisas da Rede, que eu e os pesquisadores(as) Tikmũ’ũn desenvolvemos. O livro possui tanto versão impressa quanto online.
TOMAZ, Vanessa Sena; SILVA, Paula Cristina Pereira (Org.). Tikmũ’ũn, Tuhut. Hãm Yĩkopit: rede de pesquisa Maxakali: Apne Könãg Mai – Aldeia Água Boa. Belo Horizonte: [s.n.], 2020. Disponível em: https://issuu.com/hamyikopit/docs/livreto . Acesso em: 03 abr. 2025.
No mesmo ano da defesa publiquei um livro da tese, formato ebook*, que foca especificamente na teorização sobre o fazer pesquisa vivido.
SILVA, Paula Cristina Pereira. Xi Hõnhã? E agora? Vamos ser pesquisadores: um fazer pesquisa tikmu’un entre múltiplos seres, saberes e fazeres. Belo Horizonte: Editora Selo FAE, 2023. E-book. 281 p. Disponível em: https://livrosabertos.fae.ufmg.br/index.php/produto/xi-honha-e-agora-vamos-ser-pesquisadores-um-fazer-pesquisa-tikmuun-entre-multiplos-seres-saberes-e-fazeres/ . Acesso em: 03 abr. 2025.
Eu, a professora Vanessa Sena Tomaz e o professor Gersem Baniwa apresentamos um painel na ANPed intitulado “Hãm yĩkopit – perguntar à terra: pesquisas enraizadas entre seres, saberes e fazeres ancestrais interrogam a educação”, onde tive a oportunidade de compartilhar sobre o fazer escola específico e diferenciado dos(as) Tikmũ’ũn que também abordei na tese.
DC: Exerceu alguma monitoria ou estágio docência durante o doutorado? Como foi a experiência?
PC: Quando comecei o doutorado, era professora substituta, então não precisei fazer estágio docente. Mas sempre busquei estar próxima dos povos indígenas para aprender com eles. Por isso, fui bolsista do Programa de Incentivo à Formação Docente (PIBID) no Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas (FIEI) da UFMG diversas vezes ao longo do doutorado.
DC: Essas experiências contribuíram para sua tese? De que forma?
PC: Dar aula nos dois primeiros anos do doutorado foi fundamental para que eu juntasse recursos financeiros para realizar a pesquisa de campo. Com a participação no FIEI, por meio do PIBID, tive a oportunidade de conhecer caminhos de pesquisa de outros povos e me encher de coragem, já que os(as) estudantes indígenas sempre estimularam minha proposta de doutorado.
DC: Agora que concluiu a tese, o que recomendaria a outros doutorandos e mestrandos que tomassem seu trabalho como ponto de partida?
PC: Que não se esqueçam de que o fazer pesquisa que vivi me mostrou que há, na prática investigativa, também espaço para a cura. Diante de tanto adoecimento que vemos na academia, acredito que pensar a pesquisa como um processo que, além de educar, também cura, é algo emergente. Nosso fazer pesquisa não indígena historicamente focou na razão, no objeto e, principalmente, nos resultados. É preciso resgatar a dimensão do cuidado e do envolvimento relacional no pesquisar.
DC: Como acha que deve ser a relação orientador-orientando?
PC: Uma relação de parceria guiada por confiança, respeito e reciprocidade.
DC: Sua tese gerou algum novo projeto de pesquisa? Quais suas perspectivas de estudo e pesquisa daqui em diante?
PC: Sim, dois. Um deles é meu projeto de pós-doutorado, que estabelece um diálogo entre Design e Educação, buscando compreender como algumas formas de produzir conhecimento entre povos indígenas ensinam sobre outros caminhos para criar experiências de aprendizagem diferenciadas e situadas.
DC: O que o Programa de Pós-Graduação fez por você e o que você fez pelo Programa nesse período de doutorado?
PC: O meu Programa sempre me apoiou em tudo que precisei. Sou muito grata por, além de atender a todos os pré-requisitos acadêmicos estabelecidos por ele, ter conquistado, com a Menção Honrosa que minha tese recebeu, o diploma da Capes que outorga distinção ao Programa de Pós-Graduação em Educação.
DC: Você por você:
PC: Nascida no mar (RJ), criada nas montanhas (MG), hoje resido na montanha que é vizinha do mar (ES). Sou mãe do Kal-el e do Gordo (filhos de quatro patas), companheira de vida e profissão de Guto Diniz. Filha, irmã, tia, sempre disposta a amar e cuidar.
Considero-me um ser ponte, que cria conexões entre pessoas, entre o tangível e o intangível, entre culturas e mundos outros. Amo viver na roça, plantar e me conectar com a mãe Terra.
Busco continuamente aprendizados que colaborem no enfrentamento das colonialidades que ainda possam reverberar dentro de mim.
Enquanto pesquisadora, milito pela justiça social e cognitiva. Como professora, pratico uma Educação do afeto, voltada ao empoderamento, à autonomia, à liberdade e à responsabilidade social e política.
Acredito que as ações na escala micro, localizadas e situadas, possuem potência para transformar o sistema político-social-ambiental-educacional na escala macro. Agir a partir dos lugares em que vivemos, na micropolítica — afinal, há nas pequenas rachaduras, trincas e fissuras pequenas esperanças de esperançar, que habitam, brotam e crescem no improvável.
Entrevistada: Paula Cristina Pereira Silva
Entrevista concedida em: 16 de fevereiro de 2025 aos Editores.
Formato de entrevista: Escrita
Redação da Apresentação: Pedro Ivo Silveira Andretta
Fotografia: Paula Cristina Pereira Silva
Diagramação: Naiara Raíssa da Silva Passos