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v. 3, n. 11, nov. 2025
Corpo, memória cultural e informação no Quilombo do Cafundó – Entrevista com Thais Pereira da Silva

Corpo, memória cultural e informação no Quilombo do Cafundó – Entrevista com Thais Pereira da Silva

Corpo, memória cultural e informação no Quilombo do Cafundó – Entrevista com Thais Pereira da Silva

Thais Pereira da Silva
thaisps79@outlook.com

Sobre a entrevistada

Em 2024, Thais Pereira da Silva concluiu sua tese pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, sob orientação do Prof. Dr. Marco Antônio de Almeida.

Jornalista de formação, Thais atua como gerente de mídias sociais. Natural de São Paulo (SP), em seu tempo livre, aprecia atividades culturais — shows, teatro, museus — e também gosta de ler e de sair para jantar com amigos e familiares. 

Sua tese, intitulada “Encruzilhadas das memórias orais e corporais do Quilombo do Cafundó”, investiga os registros de informação como memória coletiva. A partir de entrevistas com guardiãs e guardiões da memória cultural do Cafundó, observação de rituais e atividades da comunidade, bem como análise de documentos orais preservados no Centro de Documentação Cultural (CEDAE) – registros produzidos entre as décadas de 1970 e 1980 – Thais evidencia como narrativas, danças, língua, rituais e práticas corporais funcionam como suportes informacionais e lugares de memória. A pesquisa demonstra que, para os moradores do Cafundó, é o corpo que comunica, preserva e transmite a herança cultural às novas gerações, estabelecendo uma conexão entre ancestralidade e presente.

Divulga-CI: O que te levou a fazer o doutorado e o que te inspirou na escolha do tema da tese?

TS: Entre 2006 e 2009, trabalhei como assistente do curso de Jornalismo da UNIP, ali eu me apaixonei pela docência no ensino superior e decidi que seguiria este caminho. Anos depois, comecei a pesquisar a apropriação das tecnologias de comunicação e informação (TICs) por pessoas comuns, a fim de produzir e disseminar informações que não eram e ainda não são divulgadas pela imprensa comercial. Desse modo, a minha dissertação de mestrado “Construções identitárias & TICs: o caso do blog Blogueiras Negras” foi a apropriação das TICs por mulheres negras e o meu interesse era continuar esta pesquisa no quando ingressei no doutorado em fevereiro de 2020. Um mês depois, a pandemia do coronavírus parou o mundo. Em meio ao caos, a professora Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira indicou o livro Ch’ixinakax utxiwa: uma reflexão sobre práticas e discursos descolonizadores, de Silvia Rivera Cusicanqui, que relata experiências “decoloniais” ou “descolonizadoras” dos aimaras, bem antes da formulação dos conceitos por acadêmicos da América Latina (AL). A obra despertou o meu desejo em estudar a memória social dos quilombos, que foram uma das principais formas de resistência à escravidão e foram/são projetos alternativos e opositores às estruturas capitalistas que dominam a sociedade brasileira. Além disso, as comunidades quilombolas ainda guardam a memória cultural africana e afro-brasileira. No entanto, elas foram por anos invisibilizadas e desconhecidas por grande parte da população brasileira. Dessa forma, optei por investigar informação contida na memória cultural (rituais, danças, cantos, batuque, agricultura) do Quilombo do Cafundó, que está localizado em Salto de Pirapora, no interior do estado de São Paulo, e ficou famoso por manter vivo a cupópia, dialeto que mescla línguas dos povos bantos. 

DC: Em qual momento de seu tempo no doutorado você teve certeza que tinha uma “tese” e que chegaria aos resultados e conclusões alcançados?

TS:  Logo depois que observei e participei da Festa de Santa Cruz, principal ritual da comunidade do Cafundó, que teve início ainda no período escravista por imposição do antigo fazendeiro e escravocrata às (aos) suas (seus) escravizadas (os). Com a Lei Áurea e a morte do proprietário, as terras ficaram com o casal Joaquim Congo e Ricarda, ex-escravizadas (os) que mantiveram a celebração, porém incluíram o batuque, os cantos e as danças. Durante o evento, as (os) moradoras (es) rememoram várias gerações passadas da comunidade e também de África, por meio da procissão em homenagem à Nossa Senhora de Aparecida e ao São Bendito; das rodas do jongo e de capoeira; da troca do mastro; das falas etc.  

DC: Citaria algum trabalho ou ação decisiva para sua tese? Quem é o autor desse trabalho, ou ação, e onde ele foi desenvolvido?

TS: Sim, o artigo “Performances da Oralitura: Corpo, lugar da memória”, de Leda Maria Martins, que foi a minha introdução ao pensamento da autora. Leda é uma das principais pesquisadoras da memória cultural corporal e oral (rituais, manifestações culturais etc) afro-brasileiras no país. Depois de ler o artigo, aprofundei-me no pensamento da autora, lendo e estudando dois livros dela: “Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá e Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela”, que foram fundamentais para a minha tese. 

DC: Por que sua tese é um trabalho de doutorado, o que você aponta como ineditismo?

TS: O nosso campo está começando a prestar atenção para corpo como fonte de informação. E quando falamos sobre a memória afro-brasileira e indígenas, a memória cultural é uma fonte riquíssima de lembranças do passado, porque suas memórias foram invisibilizadas e silenciadas pela história oficial por muito tempo e, além disso, a oralidade e as manifestações cultural foram as principais formas de transmissão da memória de geração para gerações de tais grupos. O que eu quero dizer com memória cultural?  É uma forma de memória coletiva, no sentido que é compartilhada por um grupo de pessoas e transmite a essas pessoas identidade cultural.  O conceito de memória coletiva, no entanto, não englobava à esfera cultural, às tradições e suas transmissões e transferências. Dessa forma, a memória cultural estuda as manifestações culturais (rituais, mitos, dança, oralidade, música, cinema, literatura etc) de grupos sociais. 

DC: Em que sua tese pode ser útil à sociedade?

TS: Por muitos anos, a história oficial apagou e invisibilizou as memórias negras e indígenas. Assim sendo, as comunidades negras (quilombos, escolas de samba, candomblés, umbanda, grupos de samba de roda e capoeira etc) guardam as memórias culturais africanas e afro-brasileiras. Nesse sentido, a minha tese destrincha a memória das (os) quilombolas do Cafundó, que começa em África e atravessa anos e anos de luta para manter o território.  Aos 12 anos, Joaquim Congo foi sequestrado na região bantu, atual Angola, traficado ao Brasil e escravizado em uma fazenda no interior de São Paulo. Ali trabalhou por anos, conheceu sua esposa e teve seus filhos. Joaquim Congo e outras (os) africanas (o) de outras etnias bantas criaram a cupópia, dialeto que mescla as línguas bantas: quimbundo, umbundo e quicongo. As filhas de Joaquim Congo, Antônio e Ifigênia, tiveram suas famílias no território e o quilombo é formado por seus descendentes. Desse modo, a utilidade da minha tese à sociedade é retratar parte importante da história do país que foi apagada, pois a memória do Quilombo do Cafundó não apenas parte do passado das pessoas negras, mas do Brasil. 

DC: Quais são as contribuições de sua tese? Por quê?

TS: A principal contribuição da minha tese é retratar parte do passado brasileiro que foi apagado e invisibilizado por anos na história oficial brasileira.  As outras contribuições são: 1) A África é retratada como um país e não um continente, que tem inúmeras etnias diversas. No meu trabalho, a minha intenção foi lembrar que os quatro principais grupos étnicos (bantu, iorubás, haçaus e fons) traficados e escravizados no país tinham saberes, cosmovisões, culturas, mitologias, religiões diferentes. A comunidade quilombola do Cafundó tem suas raízes bantas, mas numa encruzilhada com as crenças iorubás e portuguesas. Eu compreendo a encruzilhada não como um lugar de impasse, mas, como afirma Leda Maria Martins, um espaço privilegiado das intermediações entre os diferentes sistemas simbólicos e de conhecimento.  2) Eu afirmo que a memória cultural, ou melhor, os atos de performances são saberes africanos. O corpo não está separado da mente. Desse modo, eu reafirmo que nós, pessoas negras, produzimos saberes e conhecimento. Infelizmente, os estereótipos de pessoas negras sem capacidade intelectual ainda permanecem vivas no imaginário da maior parte da população brasileira. 

DC: Quais foram os passos que definiram sua metodologia de pesquisa?

TS: A pergunta norteadora da minha pesquisa era:  em quais formatos e de que modo os registros informacionais dos saberes e da memória coletiva dos quilombolas guardam da presença africana em nosso país?  Para responder esta questão, eu compreendia as respostas não estariam em arquivos, embora eu tenha utilizado os áudios das entrevistas realizadas, entre 1978 e 1990, pelos pesquisadores Carlos Vogt, Maurizio Gnerre e Peter Fry, que estão armazenadas no Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulálio Instituto de Estudos da Linguagem (CEDAE), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No entanto, os áudios não responderiam a minha pergunta norteadora. Por isso, as minhas técnicas de pesquisa foram entrevistas com griôs e lideranças e observação participantes das atividades e do dia a dia da comunidade. 

DC: Em termos percentuais, quanto teve de inspiração e de transpiração para fazer a tese?

TS: Acredito que foi 50% por 50%. 

DC: Teria algum desabafo ou considerações a fazer em relação à caminhada até a defesa e o sucesso da tese?

TS: Não foi nada fácil. A pandemia e a doença do meu pai dificultaram a minha caminhada, mas no fim deu tudo certo.

DC: Como foi o relacionamento com a família durante o doutorado?

TS: Comecei o doutorado em meio ao caos (fim do mundo) da pandemia do covid-19, em 2020, e como os meus pais são idosos, eu tive que cuidar deles naquele período. No fim de 2022, a gente descobriu que o meu tinha um tumor (benigno) no cérebro e hidrocefalia, que desencadeia uma demência. Dessa forma, 2023 e 2024 foram anos muito difíceis que eu tive que me dedicar à tese, ao tratamento e às internações hospitalares do meu pai. Ele fez a Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP), principal procedimento cirúrgico de hidrocefalia para idosos, na semana em que terminava o meu prazo para depositar a minha tese, maio de 2024. 

DC: Qual foi a maior dificuldade de sua tese? Por quê?

TS: Além da doença e do tratamento do meu pai, a pandemia da covid-19 impediu que começasse as entrevistas e as visitações ao Quilombo do Cafundó antes de 2022. 

DC: Que temas de mestrado citaria como pesquisas futuras possíveis  sobre sua tese?

TS: Durante a minha pesquisa, percebi que várias comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas) têm a tradição da Festa de Santa Cruz e cada uma delas traz a memória cultural portuguesa, mas inclui heranças próprias de suas etnias. Eu, particularmente, adoraria ver como os grupos se apropriaram de uma tradição imposta por portugueses, mas que hoje faz parte dos rituais das comunidades. 

DC: Quais suas pretensões profissionais agora que você se doutorou?

TS: A minha principal pretensão é trabalhar como docente do ensino superior. Além disso, eu também tenho muito interesse em continuar a minha carreira como pesquisadora, assim sendo já estou terminando de escrever um projeto para o pós-doutorado sobre a umbigada como memória cultural afro-brasileira.  

DC: O que faria diferente se tivesse a chance de ter começado sabendo o que sabe agora?

TS: Demorei para decidir qual comunidade quilombola seria “sujeito coletivo” da minha pesquisa. Então, conversei com lideranças de outros quilombos antes de fechar que o meu estudo seria sobre o Cafundó. As outras comunidades estão localizadas em Paraty (RJ) e Vale do Ribeira (SP) e eu teria mais dificuldades de ir com frequência visitá-las. Em outras palavras, é preciso ser realista e compreender o que realmente a gente consegue fazer. 

DC: Como você avalia a sua produção científica durante o doutorado? Já publicou artigos ou trabalhos resultantes da pesquisa? Quais você aponta como os mais importantes?

TS: A pandemia, a doença do meu pai e as visitações ao Quilombo do Cafundó dificultaram a minha participação em mais eventos durante o doutorado. Eu fiz parte do grupo de pesquisa do meu orientador: Prof. Dr. Marco Antônio de Almeida e as leituras e discussões foram imprescindíveis para o desenvolvimento da tese. Já escrevi dois artigos resultantes do meu doutorado que ainda em avaliação nos periódicos e estou terminando outros dois.  Durante o doutorado, eu publiquei alguns artigos resultantes da minha dissertação de mestrado:

SILVA, Thais Pereira da; ALMEIDA, Marco Antônio de. Coletividade digital: o blog Blogueiras Negras. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – ENANCIB, 22., 2022, Porto Alegre. Anais […]. Disponível em: https://enancib.ancib.org/index.php/enancib/xxiienancib/paper/view/977 . Acesso em: 04 nov. 2025.

SILVA, Thais Pereira da. Pensamento feminista negro e o blog “Blogueiras Negras”. Conexión: Comunicación y Cultura, Lima, n. 15, p. 35-57, 2021. Disponível em: https://revistas.pucp.edu.pe/index.php/conexion/article/view/24149/25271 . Acesso em: 04 nov. 2025.

SANCHEZ SILVA, Naiene; SILVA, Thais Pereira da. O texto-performance como tentativa de exuzilhamento. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, 2021. DOI: 10.18617/liinc.v17i2.5819. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5819 . Acesso em: 04 nov. 2025.

SILVA, Thais Pereira da. Quilombos, a memória e os saberes da resistência negra. Revista Extraprensa, São Paulo, v. 15, Especial, p. 456-472, 2022. DOI: 10.11606/extraprensa2022.193906. Disponível em: https://revistas.usp.br/extraprensa/article/download/193906/182434/557514 . Acesso em: 04 nov. 2025.

DC: Exerceu alguma monitoria / estágio docência durante o doutorado? Como foi a experiência?

TS: Sim. No segundo semestre de 2020, fui estagiária do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino da Universidade de São Paulo (PAE) na disciplina Teoria da Ação Cultural, ministrada pela Profa. Dra. Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira, no Departamento de Informação e Cultural, da Escola de Comunicações e Artes (ECA). Por causa da pandemia, a disciplina foi fornecida remotamente e a professora Lúcia tinha uma enorme empatia pelo momento que as (os) discentes estavam vivendo. Isto, com certeza, fez com que eu compreendesse que docente eu gostaria ser no futuro. Além disso, aprendi muito com a bibliografia, as aulas expositivas da professora e os debates com as (os) alunas(os), que eram muito frutíferos. 

Entre 2021 e 2023, fui facilitadora bolsista da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP) e ali eu pude ministrar aulas nas mais diversas disciplinas, corrigir provas, interagir no fórum de discussão, orientar alunas (os) no Trabalho Integrado (pré-TCC), ou seja, posso dizer que foi a minha primeira experiência como docente do ensino superior.  

DC: Elas contribuíram em sua tese? De que forma?

TS: Sim, usei parte da bibliografia proposta pela professora Lúcia na disciplina de Teoria da Ação Cultural no desenvolvimento da minha tese. 

DC: Agora que concluiu a tese, o que mais recomendaria a outros doutorandos e mestrandos que tomassem seu trabalho como ponto de partida?

TS: A recomendação é ler o meu trabalho e de outras (os) autoras (es) que pesquisaram memória coletiva e cultural de comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e ribeirinhos), porém é preciso olhar para os registros informacionais da memória cultural (ou coletiva) do grupo sem tentar colocá-los em uma caixa, a partir da minha tese ou outras pesquisas. Isto porque cada comunidade é diferente e talvez ainda não exista nenhuma pesquisa que tenha contemplado os registros informacionais apresentados nas lembranças do grupo que está sendo pesquisado.  

DC: Como acha que deve ser a relação orientador-orientando?

TP: Acredito que não exista uma única forma de relação orientador – orientando perfeita. Desse modo, eu precisava de um orientador exatamente como o Marco e ele foi a peça fundamental para que eu concluísse o mestrado e doutorado. O Marco é uma pessoa muito tranquila, calma. Além disso, ele sempre ouviu as minhas ideias sobre a tese e me orientava a partir delas, propondo bibliografia e percurso de pesquisa. 

DC: Sua tese gerou algum novo projeto de pesquisa? Quais suas perspectivas de estudo e pesquisa daqui em diante?

TS: Sim, estou terminando de escrever um pré-projeto para pós-doutorado, para investigar a memória cultural afro-brasileira da umbigada, matriz originária de várias manifestações culturais, como o jongo, o samba carioca, o samba de roda, caiumba, entre outras. Além disso, estou terminando de escrever um artigo sobre os patrimônios culturais – em homenagem aos Bandeirantes – que são monumentos dissonantes da cidade de São Paulo e como as performances artísticas podem ou não ressignificá-los. Embora esteja focada nos estudos de memória neste momento, as TICs também fazem parte do meu campo de pesquisa e pretendo retomá-lo no futuro próximo. 

DC: O que o Programa de Pós-Graduação fez por você e o que você fez pelo Programa nesse período de doutorado?

TS: O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação tem professoras (es) que dialogam com autoras (es) negras (os) e indígenas e estão abertos para pesquisas que abordem temas raciais e de gênero, entre elas e eles estão as (os) docentes: Marco Antônio de Almeida, a Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira e Giulia Crippa. a Então, a minha pesquisa foi muito respeitada no departamento. Acredito que trouxe um tema novo para o departamento, essa é a minha contribuição. 

DC: Você por você: 

TS: Dediquei muito da minha vida para concluir o mestrado e o doutorado. Por muitos anos, esse foi o foco da minha vida. E hoje quero muito ingressar efetivamente na docência do ensino superior e trabalhar com pesquisa. A realização profissional é muito importante para mim. Além disso, sou alguém que ama viajar, conhecer lugares, culturas e pessoas novas. 


Entrevistada: Thais Pereira da Silva
Entrevista concedida em:  2 de novembro de 2025
Formato de entrevista: Escrita
Redação da Apresentação: Iasmim Farias Campos Lima
Fotografia: Thais Pereira da Silva
Diagramação: Iasmim Farias Campos Lima

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