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v. 2, n. 3, mar. 2024
Entrevista com Silvana Arduini sobre sua pesquisa que analisou o legado de Rubens Borba de Moraes na Biblioteconomia

Entrevista com Silvana Arduini sobre sua pesquisa que analisou o legado de Rubens Borba de Moraes na Biblioteconomia

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Entrevista com Silvana Arduini sobre sua pesquisa que analisou o legado de Rubens Borba de Moraes na Biblioteconomia

Silvana da Silva Antonio Arduini

silvanasa@alumni.usp.br

Sobre a entrevistada

Em 2021, a bibliotecária Silvana da Silva Antonio Arduini defendeu sua tese de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Edmir Perrotti.

Natural de Campinas (SP), Silvana é casada, mãe e tem hobbies como fazer trilhas e visitar centros culturais. Atualmente, é bibliotecária escolar do SABIS International School.

Em sua tese, intitulada “Rubens Borba de Moraes a institucionalização da Biblioteconomia no Brasil: uma questão político-cultural”, Silvana teve como objetivo analisar as ações e concepções inscritas nos projetos do bibliófilo, bibliógrafo, bibliotecário e modernista Rubens Borba de Moraes, figura emblemática de um amplo movimento político cultural nacional e internacional. Para a bibliotecária e pesquisadora, Rubem Borba de Moraes exemplifica a luta e as contradições da afirmação da cultura letrada no Brasil, e sua pesquisa em arquivos pessoais e administrativos, destaca os planos e ações na direção da Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura e Recreação, da Prefeitura de São Paulo, em 1935.

Nesta entrevista, Silvana nos conta sobre sua experiência no programa de doutorado e os detalhes do desenvolvimento de sua pesquisa.

Divulga-CI: O que te levou a fazer o doutorado e o que te inspirou na escolha do tema da tese?

Silvana Arduini (SA): As discussões no grupo de pesquisa de Biblioeducação, liderado pelo professor Edmir Perrotti, me instigaram a estudar as relações entre as bibliotecas e a Educação, e a propor um projeto com um recorte para análise das influências e limites de programas de letramento informacional em  instituições da América Latina. Depois de um ano de levantamento de materiais dos programas, de uma aproximação mais refinada da literatura, e muitas trocas com meu orientador, percebemos que antes de estudar as bases teóricas e metodológicas dos programas desenvolvidos em outros países, precisaríamos compreender melhor os projetos e esforços desenvolvidos por atores brasileiros no Brasil. 

DC: Em qual momento de seu tempo no doutorado você teve certeza que tinha uma “tese” e que chegaria aos resultados e  conclusões alcançados?

SA: O processo foi longo e bastante reflexivo. As dúvidas, pistas e hipóteses surgiam a cada semana. A ideia de que a Biblioteconomia era parte de um projeto cultural de país ganhou corpo quando reunimos um volume considerável de documentos relacionados à atuação de Rubens Borba de Moraes nos anos 1930 e 1940, período em que esteve à frente da Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo. No entanto, foi no processo de escrita e discussões com meu orientador que fui ganhando confiança de que tínhamos uma tese. Uns quatro meses antes do depósito do texto, eu estava na fase de conclusão da análise da documentação quando, numa conversa com o orientador, percebemos que Rubens Borba de Moraes, nosso protagonista, havia feito um esforço enorme para afirmar uma identidade bibliotecária que combinava uma recriação, em termos nacionais, do que havia de melhor no mundo – daí a identificação de uma Biblioteconomia antropofagista. 

DC: Citaria algum trabalho (artigo, dissertação, tese) ou ação decisiva para sua tese? Quem é o autor desse trabalho, ou ação, e onde ele foi desenvolvido?

SA: O trabalho epistemológico da tese teve como base os trabalhos e reflexões do professor Edmir Perrotti e do professor Max Butlen.

PERROTTI, Edmir. Infoeducação : um passo além científico-profissional. Informação @ Profissões, v. 5, n. 2, p. 5-31, 2016. 

BUTLEN, Max. Les politiques de lecture et leurs acteurs, 1980-2000. Lyon: INRP, 2008.

DC: Por que sua tese é um trabalho de doutorado, o que você aponta como ineditismo?

SA: A abrangência do estudo que realizamos sobre a institucionalização da Biblioteconomia nos anos 1930 e 1940 é um dos elementos que a classifica como tese, uma vez que o trabalho contribuiu para um avanço na compreensão do papel político cultural da Biblioteconomia e seus atores sociais. O ineditismo do trabalho está ancorado na metodologia histórico-documental que utilizamos para aprofundar na compreensão do  problema da falsa dicotomia – humanismo x técnica – no processo de institucionalização da profissão de bibliotecário. A abrangência e profundidade trabalhada nos fizeram tomar como fio condutor a trajetória biográfica intelectual do modernista Rubens Borba de Moraes em sua atuação como protagonista de organização do curso de Biblioteconomia do Departamento de Cultura de São Paulo e nos esforços de profissionalização do bibliotecário. 

DC: Em que sua tese pode ser útil à sociedade?

SA: Almejamos contribuir para as reflexões contemporâneas sobre o papel da biblioteca e dos bibliotecários na sociedade da informação, tendo em vista que ainda não universalizamos as bibliotecas, as quais têm sido questionadas haja vista as novas tecnologias que buscam cada vez mais ocupar os lugares de pessoas e instituições ligadas à cultura e memória. Ao rever caminhos traçados pela institucionalização do campo biblioteconômico brasileiro, tomamos consciência de que a marginalização das bibliotecas físicas é algo histórico e que esforços de universalização desses dispositivos culturais têm colocado o profissional bibliotecário em um lugar de embate histórico pela cultura e pela memória cultural de sociedades em diferentes tempos e lugares. Ocupar esse lugar de luta nas políticas públicas requer conhecimento aprofundado sobre os limites e perspectivas do papel das bibliotecas na história da humanidade.

DC: Quais são as contribuições de sua tese? Por quê?

SA: Na contemporaneidade, muito se fala sobre o papel cultural e educativo das bibliotecas. Entretanto, é comum encontrar explicações binárias sobre a complexidade e a abrangência das dimensões político-culturais na origem da biblioteconomia no Brasil. Isso tem muito a ver com nossa problemática relação com as bibliotecas. Por exemplo, a história da Biblioteconomia brasileira era repetidamente contada a partir da dualidade entre o curso oferecido pela Biblioteca Nacional e o ofertado pelo Departamento de Cultura de São Paulo. Outras vezes, abordavam a Biblioteconomia Humanista versus a Biblioteconomia Tecnicista. A tese então veio para demonstrar que a institucionalização da profissão de bibliotecário ocorreu justamente com a fusão dessas visões de biblioteconomia e de diferentes modelos de biblioteca.

DC: Quais foram os passos que definiram sua metodologia de pesquisa?

SA: O levantamento bibliográfico estava pautado desde o início nas hipóteses construídas ao longo do percurso. Paralelamente à pesquisa na literatura, fiz a primeira incursão em um arquivo histórico, o do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP). Esse primeiro levantamento me permitiu refinar as palavras chaves de busca, dialogar com os referenciais teóricos e selecionar as trajetórias biográficas a serem observadas. Depois disso, comecei a sistematizar a organização dos dados levantados e definir estratégias de buscas sobre as pistas coletadas.  Também realizei entrevistas com pessoas com atuação relevante no período estudado. O levantamento documental foi um processo que durou até  três semanas antes do depósito da tese. Isso porque eu dependia, em grande medida, da disponibilidade de documentos que estavam sob a custódia dos arquivos. A definição da metodologia histórica se deu assim, a partir da problematização da bibliografia disponível e a preocupação em retornar às fontes primárias a fim de aprofundar as discussões históricas do campo.

DC: Em termos percentuais, quanto teve de inspiração e de transpiração para fazer a tese? 

SA: Eu diria que 75% foi transpiração, (incluindo aí os diálogos com o orientador!), 15% de outras trocas com pares e 10% de inspiração. Muitas das questões em que sofria sozinha foram dissolvidas ou amenizadas quando conversava com colegas que tinham experiência em pesquisa histórica ou estavam na mesma fase que eu. O benefício era tão bom para nós doutorandos que sistematizamos encontros semanais para compartilhamento de leituras e troca de ideias sobre os projetos. Além disso, demorei bastante tempo para saber da importância da atividade física de alta intensidade para pessoas que estão fazendo trabalhos mentais. Depois disso, passei a praticar natação e foi muito bom. Percebi que tive mais momentos de inspiração do que quando só praticava ioga e meditação. Os dois tipos de atividades foram muito importantes durante o processo de criação da tese.  

DC: Teria algum desabafo ou considerações a fazer em relação à caminhada até a defesa e o sucesso da tese?

SA: Sim. Eu cheguei na defesa da tese com um misto de sentimentos que oscilavam entre a realização e satisfação de um trabalho bem feito e a frustração de não conseguir colocar na tese todas as descobertas. Como se tratava de um trabalho documental, eu concluí a escrita da tese com uma quantidade enorme de documentos que não pude expor no trabalho por não ter a qualidade de imagem ideal para isso. Vivi o luto. Meses depois, fui convidada a fazer um trabalho de curadoria visual justamente com os documentos com os quais eu tive contato durante o Doutorado. Foi outro trabalho, de outra natureza e diferente propósito, mas que veio ao encontro dos meus anseios de revisitar os arquivos para contar histórias que tinham ficado para trás e evidenciar aquelas que não tinham sido ilustradas na tese por problemas técnicos durante a pesquisa. 

DC: Como foi o relacionamento com a família durante o doutorado?

SA: Tenho a sorte de ter uma família que me apoiou durante todo o processo. Meu esposo foi meu suporte diário incondicional; meus pais e irmã foram meus motivadores emocionais. Além de entenderem minha ausência, ainda me estenderam as mãos antes mesmo que eu pedisse socorro. Eles foram fundamentais em todo o processo. Além da tese, tive a honra de ser mãe de meu filho Santiago. Dois papeis que exigem extrema dedicação e por isso são vistos como antagônicos na sociedade. Ter a minha família ao meu lado foi crucial para enfrentar todos os obstáculos que vivi por ser mulher e mãe buscando por equidade na Universidade. 

DC: Qual foi a maior dificuldade de sua tese? Por quê?

SA: Tive o cuidado para não criar relações de causa e efeito que trouxessem leituras enviesadas. Ao mesmo tempo cuidei para não fazer leituras extemporâneas, anacrônicas. É bastante complicado quando você se apropria da história transmitida por meio da literatura em que todos citam a mesma fonte – um mesmo livro – e, quando se vai para os documentos, encontra algo um pouco diferente daquela informação já consolidada no campo. Não se tratava de reescrever a história da Biblioteconomia, mas de problematizar a simplificação histórica que reafirmamos sobre nós mesmos como profissionais envolvidos ou não nas questões político-culturais em nosso tempo e espaço. 

DC: Que temas de mestrado citaria como pesquisas futuras possíveis  sobre sua tese?

SA: Alguns desdobramentos possíveis são: a) O papel educativo das mulheres na institucionalização da Biblioteconomia nos anos 1930, 1940 e 1950. b) a Rockfeller e as Biblioteconomias no Brasil. c) Biblioteca e Educação nos cursos de Biblioteconomia nos anos 1930 e 1940.

DC: Quais suas pretensões profissionais agora que você se doutorou?

SA: Espero poder compartilhar as descobertas e anseios profissionais com alunos de Biblioteconomia e assim contribuir para a revitalização da Biblioteconomia no Brasil. Assim como Rubens Borba de Moraes atuou no rompimento do modelo exclusivo de biblioteca de conservação, eu penso ser importante atuar  na construção de novas práticas e na afirmação de nossa identidade profissional. Espero que como professora eu possa colaborar com a afirmação identitária do profissional bibliotecário que há algumas décadas tem estado em crise por desconhecer seu intrínseco valor.  

DC: O que faria diferente se tivesse a chance de ter começado sabendo o que sabe agora? 

SA: Parece ser fácil falar o que eu faria diferente, pois cresci muito no percurso. Ao mesmo tempo, não consigo exprimir em palavras o quanto significou para mim o processo que passei. Eu gostaria de ter tido maior conhecimento sobre a organização documental em pesquisa histórica. Levei bastante tempo pra conseguir me organizar de maneira satisfatória em relação aos documentos e organização da análise deles. Tive dificuldade para criar uma metodologia de organização dos dados encontrados nos documentos. A cada nome que surgia, eu criava uma nova ficha, que no começo foi em papel e depois digital. Criei uma planilha de rede de sociabilidade do Rubens e fui montando o quebra-cabeça conforme surgiam mais informações. Quando fiz uma formação sobre gestão de dados históricos eu já tinha feito pesquisa em diversos arquivos e bibliotecas e voltar às instituições não é algo simples. Houve caso em que o arquivo foi fechado por falta de funcionário, outro em que os funcionários desconheciam as fontes consultadas anteriormente e ainda o fechamento das instituições durante a pandemia. Tudo isso me faz pensar sobre a importância de pensar em estratégias de registro dos documentos e informações antes de iniciar a entrada em bibliotecas e arquivos. Outro ponto importante é a auto-observação e o autoconhecimento. Demorei um tempo considerável para perceber em quais períodos do dia/ semana/ ano sou mais produtiva. Além do horário observei também os recursos de escrita nos quais tenho mais fluidez no papel e/ou no computador. Ler os livros por prazer, obras de literatura geral, me ajudou a deixar fluir e perceber os meus melhores horários de trabalho de criatividade e de sistematização de dados.

DC: Como você avalia a sua produção científica durante o doutorado (projetos, artigos, trabalhos em eventos, participação em laboratórios e grupos de pesquisa)? Já publicou artigos ou trabalhos resultantes da pesquisa? Quais você aponta como os mais importantes?

SA: Fiz o possível para participar no máximo de eventos e convites para escrita.  Foi muito bom ter participado de eventos científicos locais, nacionais e internacionais. O fato de estar engajada no Grupo de Pesquisa em Biblioeducação também foi fator relevante para que periodicamente eu revisasse e sistematizasse as descobertas e inquietações. 

1) ARDUINI, S.; PERROTTI, E. Entre correspondências e representações: a constituição da Biblioteconomia modernista no Brasil. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, [S. l.], v. 13, n. Esp., p. 30–35, 2017. 

2) ARDUINI, S.; PERROTTI, E. Rubens Borba por uma biblioteconomia empenhada e antropofagista. In: Anais […] XXI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação – XXI ENANCIB, Rio de Janeiro, outubro de 2021.

3) ARDUINI, S. da S. A. Bibliotecários: sob o prisma das experiências de uma testemunha ocular. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 898–911, 2021. 

4) ARDUINI, S. da S. A. Rubens Borba de Moraes: um protagonista invisível. Exposição. 

DC: Exerceu alguma monitoria/estágio docência durante o doutorado? Como foi a experiência?

SA: Graças à Bolsa da Capes pude me dedicar exclusivamente ao Doutorado, o que me permitiu fazer estágios de docência em três disciplinas, ser representante discente na comissão de Cultura e Extensão, participar de Grupo de Pesquisa, fazer pesquisa de campo e entrevistas em outros países e participar da organização de eventos acadêmicos. 

DC: Elas contribuíram em sua tese? De que forma?

SA: A partir da minha experiência de Doutorado, posso afirmar que o processo de doutoramento é muito mais rico quando se vive o universo acadêmico para além dos ‘créditos obrigatórios’. Além dessas experiências óbvias da vida universitária, destaco as muitas vezes que caminhava do restaurante universitário para a biblioteca ou para alguma aula de atividade física quando vinham as ideias que me apressaram a fazer o registro antes que elas se dissipassem. Esse conjunto de experiências me faziam respirar os problemas e as descobertas da pesquisa e fizeram o meu caminhar mais leve e curtido.

DC: Agora que concluiu a tese, o que mais recomendaria a outros doutorandos e mestrandos que tomassem seu trabalho como ponto de partida?

SA: Aventurem-se a realizar pesquisas documentais. O percurso é árduo mas muito gratificante. Precisamos de mais estudos qualitativos para o resgate e memória de nossas práticas e reflexões. 

DC: Como acha que deve ser a relação orientador-orientando?

SA: Penso ser importante que ambos estejam dispostos a criar uma relação de confiança. Ao mesmo tempo em que o orientando é um estudante, ele já é um pesquisador/professor, o que torna a relação peculiar se comparada às outras relações sociais e familiares. Nesse sentido, é importante que o orientando tenha ao mesmo tempo a humildade para aprender e a ousadia para pensar diferente a partir do que já foi construído. Também entendo a cumplicidade como elemento essencial no momento de compartilhamento de responsabilidades, especialmente no que tange ao trabalho árduo do pós-graduando.

DC: Sua tese gerou algum novo projeto de pesquisa? Quais suas perspectivas de estudo e pesquisa daqui em diante?

SA: O trabalho motivou outros doutorandos e mestrandos a realizarem investigações com a mesma abordagem de pesquisa.  Por se tratar de algo recente, ainda não é possível analisar esses desdobramentos.  Além disso, o projeto da Exposição intitulada “Rubens Borba de Moraes: um protagonista invisível”, foi um dos desdobramentos do trabalho. Nesse caso, fui convidada a organizar a exposição sobre a trajetória intelectual e social de Rubens Borba de Moraes.

DC: O que o Programa de Pós Graduação fez por você e o que você fez pelo Programa nesse período de doutorado?

SA: O Programa de Pós Graduação foi quem me amparou como doutoranda, e mediou o processo de obtenção da bolsa Capes. Sem esse incentivo eu não teria concluído a tese com a satisfação profissional e reconhecimento acadêmico que tive.

DC: Você por você: 

SA: Acredito que cada experiência vivida acrescenta um elemento novo à nossa identidade. A escrita nunca foi algo fácil pra mim. Lembro-me uma vez que Clarice Lispector falou que esta seria uma forma de se despir diante de desconhecidos. Ela exprimiu bem como me sinto ao ter que colocar minhas ideias no papel. Apesar disso, saí feliz e realizada em defender a tese de doutorado. Meu filho, apesar de muito pequeno, tem acompanhado o reconhecimento do meu trabalho. Sempre me lembro que sou eu com minha singularidade, e, sou parte do nós mulheres, negras de periferia que com programas afirmativos e uma forte rede de apoio se aventuraram a negar o destino de ser apenas mais uma profissional no mercado de trabalho. 


Entrevistada: Silvana Arduini

Entrevista concedida em: 14 fev. 2024 aos Editores.

Formato de entrevista: Escrita 

Redação da Apresentação: Herta Maria de Açucena do Nascimento Soeiro

Fotografia: Silvana Arduini

Diagramação: Herta Maria de Açucena do Nascimento Soeiro

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