• contato@labci.online
  • revista.divulgaci@gmail.com
  • Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho - RO
v. 2, n. 3, mar. 2024
Entrevista com Eurides Nogueira sobre sua pesquisa que investigou a contribuição dos pesquisadores mais citados nos últimos 50 anos na revista Ciência da Informação

Entrevista com Eurides Nogueira sobre sua pesquisa que investigou a contribuição dos pesquisadores mais citados nos últimos 50 anos na revista Ciência da Informação

Abrir versão para impressão

Entrevista com Eurides Nogueira sobre sua pesquisa que investigou a contribuição dos pesquisadores mais citados nos últimos 50 anos na revista Ciência da Informação

Eurides Costa Tavares Nogueira

eurides_tavares@yahoo.com.br

Sobre a entrevistada

Em 2023, a bibliotecária Eurides Costa Tavares Nogueira defendeu sua tese de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, sob orientação da Profa. Dra. Ely Francina Tannuri de Oliveira.

Aos 39 anos e natural de Teresina, Piauí, Eurides tem como hobby a prática de atividade física. Atualmente, é bibliotecária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Codó.

Em sua tese, intitulada “50 anos de ciência da informação no Brasil: trajetória e consolidação, a partir do periódico Ciência da Informação”, investigou a contribuição dos pesquisadores mais citados nos últimos 50 anos na revista Ciência da Informação e teve como objetivo analisar quais autores se fizeram presentes, as correntes teóricas existentes, além de como se constitui e se consolida a Ciência da Informação no Brasil.

A pesquisadora procurou responder à seguinte questão: qual é o conjunto de cientistas que ajudou a moldar o caminho percorrido pela CI no país ao longo dos últimos 50 anos?

Convidamos Eurides para nos contar, nesta entrevista, como se deu o desenvolvimento de sua pesquisa e sua experiência no programa de doutorado.

Divulga-CI: O que te levou a fazer o doutorado e o que te inspirou na escolha do tema da tese?

Eurides Nogueira (EN): Qualificação e crescimento profissional, a escolha do tema foi inspirado nos 50 anos da informação no Brasil e a importância do seu desenvolvimento para a área.

DC: Em qual momento de seu tempo no doutorado você teve certeza que tinha uma “tese” e que chegaria aos resultados e conclusões alcançados?

EN: No último ano, quando tinha os resultados das análises.

DC: Citaria algum trabalho (artigo, dissertação, tese) ou ação decisiva para sua tese? Quem é o autor desse trabalho, ou ação, e onde ele foi desenvolvido?

EN: O The Coupler, uma ferramenta online útil para gerar Redes de Acoplamento Bibliográfico, Frequências de Acoplamento, Unidades de Acoplamento, Matriz de Citação e Matriz de Acoplamento, adotando para a normalização dos resultados, o cosseno de Salton e o índice de Jaccard. Essa ferramenta agilizou as análises e me proporcionou tempo suficiente para desenvolver os resultados.

DC: Por que sua tese é um trabalho de doutorado, o que você aponta como ineditismo?

EN: Adota como metodologia a observação das variações de acoplamento, especificamente o Acoplamento Bibliográfico de Autor,  identificando os autores mais citados e utilizando o Acoplamento Bibliográfico de Período para reunir os autores mais citados ao longo de dez períodos de cinco anos, permitindo identificar tanto os pesquisadores transeuntes como os permanentes e transgeracionais. Apresenta, ainda, uma percepção mais aprofundada das temáticas abordadas pela Ciência da Informação, bem como o desenvolvimento de suas principais correntes teóricas no Brasil.

DC: Em que sua tese pode ser útil à sociedade?

EN: Pode ser útil para a compreensão do desenvolvimento da CI no Brasil.

DC: Quais são as contribuições de sua tese? Por quê?

EN: Contribui com a descoberta de vários aspectos da CI, apesar de seu foco atualmente se voltar para a dimensão social, a CI ainda preserva um vínculo estreito com a Teoria Matemática, a Documentação, as Técnicas Bibliométricas e os Estudos Métricos de Informação.

DC: Em termos percentuais, quanto teve de inspiração e de transpiração para fazer a tese?

EN: O volume dos dados obtidos gerou a dificuldade de definir a melhor metodologia a ser adotada para conseguir uma análise precisa e ágil.

DC: Teria algum desabafo ou considerações a fazer em relação à caminhada até a defesa e o sucesso da tese?

EN: É uma caminhada solitária, isso causa um certo desespero, mas ao longo do caminho você vai testando metodologias e acaba por descobrir uma que seja ideal.

DC: Como foi o relacionamento com a família durante este tempo?

EN: O relacionamento foi complicado, fiquei distante a maior parte do tempo e isso causou um certo desconforto pela ausência.

DC: Qual foi a maior dificuldade de sua tese? Por quê?

EN: Encontrar a metodologia adequada, pois dependendo do objetivo proposto a metodologia é parte fundamental para o sucesso.

DC: Que temas de mestrado citaria como pesquisas futuras possíveis  sobre sua tese?

EN: Comparar a evolução da CI em outros  países em relação ao Brasil no período dos 50 anos.

DC: Quais suas pretensões profissionais agora que você se doutorou?

EN: Iniciar no meio acadêmico.

DC: O que faria diferente se tivesse a chance de ter começado sabendo o que sabe agora? 

EN: Teria definido melhor os objetivos específicos e a metodologia.

DC: Como você avalia a sua produção científica durante o doutorado (projetos, artigos, trabalhos em eventos, participação em laboratórios e grupos de pesquisa)? Já publicou artigos ou trabalhos resultantes da pesquisa? Quais você aponta como os mais importantes?

EN: Foi uma produção satisfatória, inclui artigos em periódicos, eventos específicos da área e todos têm sua devida importância.

DC: Agora que concluiu a tese, o que mais recomendaria a outros doutorandos e mestrandos que tomassem seu trabalho como ponto de partida?

EN: Observar a evolução conceitual, teórica e epistemológica da CI para comparações futuras.

DC: Como acha que deve ser a relação orientador-orientando?

EN: Deve ser próxima, amistosa e afetuosa. 

DC: O que o Programa de Pós Graduação fez por você e o que você fez pelo Programa nesse período de doutorado?

EN: Recebi apoio financeiro para participação em eventos e também para publicações em periódicos. Como devolutiva ao programa, as minhas publicações geraram pontos positivos.

DC: Você por você:

EN: O caminho acadêmico sempre foi um sonho, no entanto não tinha noção que a trajetória seria dolorosa e solitária. Mas no fim a recompensa é incalculável e a satisfação pessoal e profissional também.


Entrevistada: Eurides Costa Tavares Nogueira

Entrevista concedida em: 17 jan. 2024 aos Editores.

Formato de entrevista: Escrita 

Redação da Apresentação: Larissa Alves

Fotografia: Eurides Costa Tavares Nogueira

Diagramação: Larissa Alves

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
Pular para o conteúdo