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v. 1, n. 7, set. 2023
A biblioteca e atuação do bibliotecário em contextos inclusivos e de acessibilidade para pessoas com deficiência

A biblioteca e atuação do bibliotecário em contextos inclusivos e de acessibilidade para pessoas com deficiência

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A biblioteca e atuação do bibliotecário em contextos inclusivos e de acessibilidade para pessoas com deficiência

Pesquisadora da Universidade Federal do Cariri apresenta proposta de um manual de serviços de informação inclusivos para bibliotecas escolares

A socialização de pessoas com deficiência é tema prioritário neste mês de setembro. As dificuldades de acesso que essas pessoas têm são discutidas, primordialmente, em relação aos espaços físicos pelos quais elas andam, ou, muitas vezes, não o fazem, pois, os ambientes não lhes são adaptados. Além disso, um outro acesso a ser discutido é acerca do contato que as pessoas com deficiência perdem ao serem desagregadas de espaços de informação e cultura, como é o caso das bibliotecas, museus e afins. Isso significa dizer que as bibliotecas, enquanto espaços de difusão e o bibliotecário, profissional responsável pela mediação dos conteúdos nelas presentes, devem estar preparados para receber pessoas com deficiência a fim de prover o acesso e as possibilidades para o contato destes usuários com a informação.

A partir dessa questão, a bibliotecária e especialista em braile e tecnologias assistivas, Ana Lúcia Lucio Pinheiro, empreendeu em sua dissertação de mestrado profissional apresentada à Universidade Federal do Cariri (UFCA) em 2021, uma discussão sobre as possibilidades de atuação do bibliotecário face a essas demandas.

O trabalho possui três dimensões:

  • A primeira, evidentemente profissional, ao abordar um problema de trabalho diário da classe bibliotecária, contribuindo para o exercício da profissão a partir de uma perspectiva inclusiva. 
  • A segunda, institucional, ao expor o problema da formação do bibliotecário para as instituições de ensino, como também aos órgãos de classe, sindicatos etc. 
  • Por fim, a dimensão social, dada a discussão que envolve não somente uma classe de trabalhadores de forma isolada, mas sim, conecta-os aos problemas e às questões sociais de desigualdade.

O trabalho abordou teórica e conceitualmente a biblioteca escolar em contextos de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiências motoras, auditivas, visuais, mentais e mesmo múltiplas.  Além disso, apresentou exemplos de atuação, produtos e serviços que podem ser implementados em bibliotecas para inclusão de pessoas com as deficiências citadas.

 Ao tratar de um assunto ainda em desenvolvimento, a autora utilizou de uma abordagem exploratória e descritiva, assim, apresentando para o leitor e à classe bibliotecária formas contemporâneas e atualizadas do trabalho inclusivo que uma biblioteca escolar pode realizar. O seu recorte geográfico para a realização dessa pesquisa foi a cidade de Juazeiro do Norte, cidade da região metropolitana de Cariri, no sul do estado do Ceará. A autora coletou dados das escolas municipais a partir de um formulário, que consta na parte pós-escrita do trabalho. Dessas bibliotecas escolares, foram analisados os serviços de empréstimo domiciliar, consulta ao acervo, visita orientada, acesso aos computadores locais, serviço de referência e informação utilitária.

Os resultados implicaram o desenvolvimento de uma política de aquisição que disponibilizasse nos acervos materiais inclusivos, como livros em Braile e livro falado, recursos essenciais para pessoas cegas ou com baixa visão. Sobre o serviço de consulta local, por exemplo, indicou-se a implantação de máquina de autoatendimento que, a partir de tecnologias assistivas, garantiria o acesso à informação de forma autônoma ao usuário com deficiência. Tais tecnologias podem existir no catálogo on-line, disponibilizado remotamente ao usuário que, também fora da biblioteca, conseguiria saber se o material que lhe interessa consta naquela biblioteca, em formatos inclusivos ou não.

O contato com o usuário, de forma direta e pessoal, exige que o bibliotecário esteja capacitado para tanto. Tal questão coloca foco na formação desse profissional que deve possuir, durante o curso de graduação que realiza para exercer a profissão, capacitações teóricas e práticas para plena atuação em contextos em que não lhe seja impossível atender pessoas com deficiência. Esta ainda é uma questão a ser investida pelos bibliotecários e, gentilmente, Ana Pinheiro produziu um trabalho que pode orientá-los nesse sentido.

Acesse a dissertação em:

PINHEIRO, Ana Lúcia Lucio. Acessibilidade e inclusão informacional: proposta de um manual de serviços de informação para bibliotecas escolares. 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Cariri, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-graduação em Biblioteconomia, Curso de Mestrado Profissional em Biblioteconomia, Juazeiro do Norte, 2021. Disponível em: https://ppgb.ufca.edu.br/acessibilidade-e-inclusao-informacional-proposta-de-um-manual-de-servicos-de-informacao-para-bibliotecas-escolares/ . Acesso em: 06 jul. 2023.


Redação: Alex Sandro Lourenço da Silva

Revisão: Pedro Ivo Silveira Andretta

Diagramação: Marcos Leandro Freitas Hübner

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